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Mostrando postagens de 2010

A integração na União Européia sob o prisma da alteridade: repercussão dos direitos dos ciganos

Violação dos direitos humanos e abuso de direitos civis . Esta é a frase que resume as situações constrangedoras e de preconceito com que o povo cigano, não raramente, tem sofrido em países europeus que integram do bloco econômico da União Européia. Em julho deste ano, o governo francês promoveu a deportação e a destruição de acampamentos de cerca de oito mil ciganos que migraram da Romênia e da Bulgária em busca de emprego, violentando, assim, um dos princípios basilares da União Européia, que é a livre movimentação de pessoas e a livre circulação de mercadorias. A Comissão Européia repudiou tal deportação promovida pela França e, em resposta a esta atitude, deu sinais de que poderia entrar com uma ação legal contra Paris, o que causaria àquele país severas sanções por conta de sua conduta. Da mesma forma, o Comitê para a eliminação da discriminação racial da ONU além de repudiar publicamente a postura intransigente adotada pela França f
Poética    Manoel Bandeira Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Suspença para revisão a sentença de morte por apederejamento da viúva iraniana, Sakineh Mohammadi

Irã suspende sentença de morte por apedrejamento de viúva condenada por adultério O Irã anunciou hoje (8) a revisão da sentença de morte por apedrejamento da viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, por asssassinato e adultério. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que a sentença foi temporariamente suspensa para efeitos de revisão. A hipótese de pena de morte não está afastada e o apedrejamento pode ser substituído por enforcamento . A informação é da Agência Brasil. As informações são da rede estatal de televisão do Irã, PressTV.  “A sentença de condenação da Sra. Ashtiani por adultério foi interrompida e seu caso está sendo revisto. Mas a condenação por cumplicidade no assassinato está em andamento”, afirmou o porta-voz. Como ontem (7), Mehmanparast condenou os que associam a pena imputada a Sakineh à violação de direitos humanos. “A defesa de uma pessoa condenada por assassinato não deve ser transformada em

Sakineh Mohammadi Ashtiani condenada à morte deve levar 99 chibatadas

Condenada à morte por apedrejamento no Irã, sob a acusação de adultério, a viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 42 anos, deve ser submetida a 99 chibatadas , informou Sajad Ghaderzadeh, filho dela. O jovem disse que a nova sentença é uma condenação porque uma foto de Sakineh foi publicada no jornal inglês The Times em que ela aparece sem véu. A foto foi publicada no dia 28 de agosto , mas, em seguida, o jornal informou que não se tratava de Sakineh. As informações são da agência BBC Brasil. Sajad Ghaderzadeh soube da nova sentença de 99 chibatadas por intermédio de pessoas que recentemente deixaram a prisão de Tabriz, onde está sua mãe. Em carta aberta, Ghaderzadeh classificou a sentença de "desculpa para aumentar o abuso" contra sua mãe. Segundo ele, a família recorrerá também dessa sentença. O jornal britânico informou que obteve a foto da mulher sem véu por intermédio do advogado de Sakineh, Mohammad Mostafei, que fugiu do Irã para a Noruega. O advogado

A CPLP vista da África

Os países africanos têm hoje um interesse acrescido em fortalecer as organizações internacionais em que participam e em maximizar as valências que elas oferecem (Portugal e o acesso à União Européia; o Brasil e o acesso aos países emergentes). Boaventura de Sousa Santos. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é constituída predominantemente por países africanos. Não admira que nela dominem as dinâmicas políticas africanas, regionais e que sejam estas a condicionar as relações com países como Portugal e o Brasil. O regionalismo africano é hoje muito diversificado e intenso e é herdeiro de duas tradições: o pan-africanismo e o colonialismo. Há, por um lado, a União Africana e várias organizações regionais das quais as principais são a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC), a Comunidade Econômica dos Estados da África Austral (SADC), a Comunidade da África Oriental (EAC); e há, po

Falando em igualdade, enfim: Sancionado o Estatuto da Igualdade Racial

Depois de aproximadamente dez anos em discussão na Câmara dos Deputados, foi sancionado nesta última terça-feira (20) pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Estatuto da Igualdade Racial. Em meados do ano 2000 o senador Paulo Paim, quando então deputado no Rio Grande do Sul pelo PT apresentou a primeira versão do Estatuto. No ano de 2003 quando já Senador, Paim reascendeu nas veias a sua luta para garantir direitos à população discriminada etnicamente. O político sempre esteve à frente de questões importantes aos direitos humanos, à cidadania, à história, e, sobretudo ao direito.  Hoje o Estatuto vincula a luta de muitos, relembra décadas de debates e, sobretudo, liberta vertiginosamente a consciência de todos - que há muito tempo foram barrados, ignorados e muitas vezes vítimas de coação e políticas do medo, quando, sem timidez, colocaram a realidade social brasileira no mesmo patamar da necessidade de inclusão dos afro-brasileiros.  O Estatuto define o que é dis

"É fácil em sonhos criar universos E tão adversos dos nossos reais"

--> Devaneio Quando o horizonte límpido Se emponchou de nuvens Matizando o céu Refletindo sóis por imagens suas Desencilhei o pingo. O larguei ao campo E fui pro rancho, matear solito. O fim do dia repontou a lua E a noite prateada ainda mais xirua Foi palco de sonhos e pensamentos vagos... Recordei andanças E criei bonanças num futuro meu. Divaguei nos campos do meu faz de conta. A fauna campeira que me faz costado A cada final de dia ou alvorada Gorgeou carinhos ao meu devaneio. Lembrei da chinoca de louros compridos Que a muito eu queria tê-la por minha, De labios corados e pele macia Que eu por não ter coragem Só em sonhos a tinha. Pensei no meu rancho repleto de piás Crescendo na lida pra domar os potros Quando eu não mais puder. Pra erguerem seus ranchos na volta do meu. Porém conclui: Os filhos que crescem abandonam o ninho E traçam caminhos em rumos só seus. O ronco do mate, Da cuia vazia me pôs em

" E quando em muitos a noção pulsar..."

Tarefa Morder o fruto amargo e não cuspir mas avisar aos outros quanto é amargo, cumprir o trato injusto e não falhar mas avisar aos outros quanto é injusto, sofrer o esquema falso e não ceder mas avisar aos outros quanto é falso; dizer também que são coisas mutáveis... E quando em muitos a noção pulsar - do amargo e injusto e falso por mudar -  então confiar à gente exausta o plano  de um mundo novo e muito mais humano. Poema extraído do livro "Geir Campos - Antologia Poética" - Rio de Janeiro, 2003, página 89, organizada por Israel Pedrosa.

"Por que a guerra?" Uma análise de um Gigante sobre as "Questões Nucleares".

"Existe alguma maneira de entregar a humanidade da ameaça de guerra?"   Esta foi a pergunta que Einsten fez a Freud em 1932 quando contratado pela Liga das Nações (órgão precursor da ONU) e pelo Instituto Internacional para a Cooperação intelectual em Paris para pensar sobre os problemas do mundo. Freud na época tinha acabado de publicar " O Mal estar na civilização" e, apresentava ao leitor uma análise sobre as dificuldades de se conviver em comunidade.  O convite para o diálogo foi aceito, veja algumas linhas da carta de Freud: É, pois, um princípio geral que os conflitos de interesses entre os homens são resolvidos pelo uso da violência. É isto o que se passa em todo o reino animal, do qual o homem não tem motivo por que se excluir. No caso do homem, sem dúvida ocorrem também conflitos de opinião que podem chegar a atingir a mais raras nuanças da abstração e que parecem exigir alguma outra técnica para sua solução. Esta é, contudo,

Como um vento chucro do sul, assim é o CHAMAMÉ!

O chamamé é um gênero musical tradicional do Sul. Uma música interregional que une a cultura dos pampas com a dos índios guaranis, dos mestiços e, sobretudo, com a dos exploradores imigrantes espanhóis e italianos. É rude como o vento minuano que - frio e seco é capaz de despertar um instinto chucro e rebelde, em busca do sopro do mar... Convido a todos, a escuchar el bueníssimo acordeonista argentino Chango Spasiuk! Até amanhã!

Veja esta: Oportunidades disfarçadas nas crises

Iníci o dos ano 1930. O mundo vivia uma destruição de riqueza sem precedentes: entre 1929 e 1933, o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos encolhera 45%. milhares de empresas fecharam as portas. Bancos, indústrias e negócios rurais reduziram drasticamente suas operações. Um em cada quatro trabalhadores perdeu o emprego. Mais de 12 milhões de americanos foram colocados na rua. Em meio a essa turbulência, nos arredores da Peninsilvânia, o engenheiro Charles Darrow era uma das vítimas do desemprego. Confinado em uma casa sem nada para fazer, ele tentava distrair os filhos contando histórias e improvisando brincadeiras. Certo dia, Charles recordou um passatempo interessante que havia conhecido no trabalho: um jogo divertido mas com regras complexas que simulava negociar imóveis por valores fictícios. Pensando em entreter as crianças enquanto a esposa preparava a refeição, ele começou a desenhar na toalha de mesa uma cidadezinha, com casas e prédios inspirados nas contruçõe

Flashs em Fidel

Foi em visita ao Centro Nacional para Investigação Científica (CNIC) em Havana que o líder revolucionário cubano, Fidel Castro, reapareceu em público pela primeira vez – na última quarta-feira, dia 7. Castro, 83, que estava fora dos flashs há aproximadamente quatro anos, desde que ficou doente e passou por uma cirurgia intestinal, aparentou estar saudável e muito bem mentalmente, conforme o Diretor da equipe de jornalistas membros da imprensa oficial cubana que acompanharam o evento de perto.  As imagens que mostram Fidel se encontrando com os trabalhadores no Centro que ele mesmo fundou em 1965, foram postadas neste sábado, 10, no Blog da jornalista Rosa C. Baez que trabalha para a imprensa oficial cubana. Mais imagens do evento foram disponibilizadas no website estatal www.cubadebate.cu.  RECUERDOS DA ERA FIDEL Após vencer estrategicamente a luta contra o regime ditatorial Batista instalado em Cuba e, financiado pelos Estados Unidos da América e pela unidade de a

CCJ aprova Projeto de Lei que Pune a Alienação Parental

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira, dia 7, o Projeto de Lei da Câmara (PLC 20/10) que conceitua e criminaliza a alienação parental. “A “síndrome da alienação parental” ou também conhecida por” implantação de falsas memórias” é a prática vingativa de um dos cônjuges – normalmente o que detém a guarda judicial no caso de separação – de desmoralizar o outro perante o filho e, de criar inúmeras situações capazes de desencadear a destruição do vínculo afetivo entre a criança e o genitor, já que a mesma desenvolve um sentimento de rejeição e ódio perante o pai/mãe. Richard Gardner, psiquiatra americano, denominou de “síndrome de alienação parental”: programar uma criança para que odeie o genitor sem justificativa. Trata-se de verdadeira campanha para desmoralizar o genitor. O filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. A mãe monitora o tempo do filho com o outro genitor e também os seus sentimentos

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou reconhecimento de união estável entre padre e mulher que mantiveram relações afetivas por 30 anos

Foi disponibilizado no dia 05 de abril deste ano no website do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul  um julgado da 8° Câmara Cível que não reconheceu o vínculo de união estável entre uma mulher e um padre – já falecido no ano de 2007. Em primeira instância, o pedido feito pela mulher foi julgado improcedente, não sendo reconhecida a entidade familiar ora pleiteada.  Acerca desta decisão proferida pelo Juízo da 2° Vara de Família e Sucessões de Porto Alegre, foi interposto recurso de apelação ao Tribunal a fim de que fosse reformada a sentença. Ela sustentou que eles mantiveram relações afetivas por 30 anos e que o sacerdote preferiu manter o relacionamento em reservado para que pudesse continuar na profissão de ministro da Igreja, no entanto, a convivência entre os dois era notória pelos familiares e também pelos vizinhos. Do recurso de apelação, foi negado o reconhecimento da união estável por dois votos a um. Os Desembargadores Claudir Fidélis Faccenda e Luiz Ari Azamb

A emoção da razão que busco...

Cercada por outras linhas, puxei o freio de mão e estacionei o “Entre Faces e Esperanças” na tangente do cotidiano sistemático, de tal forma que, o necessário movimento petulante dos neurônios foi sendo vencido pela indisciplina... Com uma pitada de tempero picante no pensamento indolente colocarei novamente a face na esperança entre o permissível prisma do pensar. Até logo mais!

HAITI: O pais caribenho soterrado pela miséria, violência e agora pela desgraça estrutural

Meu país é doença em seu coração, todas as pessoas que têm no meu país vivem na rua – Jean Marc Fantaisie - 20 anos (Jovem haitiano, que reside na cidade de Jérémie, também conhecida como “A Cidade dos Poetas”. Jérémie é uma cidade rural do Haiti). O Haiti é um país caribenho que se localiza no leste da América Central. Em 1492, os espanhóis ocuparam somente o lado oriental da ilha - atualmente República Dominicana – onde todos os índios da região foram mortos ou escravizados. Já o lado ocidental da ilha, onde hoje se localiza o Haiti, foi cedido aos franceses em 1697. Estes, por sua vez, passaram a cultivar cana de açúcar e a utilizar mão-de-obra escrava oriunda do continente africano. Em 1804 negros e mulatos haitianos travaram uma luta feroz contra os colonizadores franceses, que ficou conhecida como uma guerra de libertação nacional. Este movimento anti-racista e anti-colonial foi liderado pelo ex-escravo Toussaint L”Ouverture e, logo mais tarde, sob o comando de Jacques