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Mostrando postagens de junho, 2009

Qual a finalidade da pena?

Ainda em 2008, fui desafiada, juntamente com meus colegas, a responder esta pergunta em uma aula extremamente instigante de direito penal... Lembro que o professor falava com bastante propriedade sobre erro de ilicitude, sobre as causas excludentes da culpabilidade e... entre um “chimarrão” e outro ele se escorou na parede com a cuia e nos questionou: “ o que vocês pensam a respeito da pena? Qual a finalidade da pena?“ . Alguns responderam de imediato qualquer coisa sobre a “punição” do bandido, sendo ela legitimada através da privação da liberdade ou até mesmo pela morte. Alguns ficaram quietos...eu fazia parte deste time. Só depois de um mês resolvi procurar o professor para responder essa pergunta através do viés da Justiça Restaurativa, mas uma possível “resposta” foi abafada pela multiplicidade de perguntas que foram surgindo... Da discussão na lanchonete, sem conteúdo programático, ficou-nos a certeza de uma coisa: o sistema carcerário não cumpre sua função de ressocializ

Sugestão do dia: Colocando a "cuca" para pensar as Relações Externas do Brasil e do Canadá no Haiti

Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo serão contemplados entre os dias 16, 17 e 18 de junho com um grande Encontro promovido pelo Brasil e pelo Canadá acerca da participação destes Estados no país caribenho - Haiti. Com o objetivo de realizar uma análise profunda acerca da cooperação bilatral, multilateral e triangular, e também, para apresentar os resultados dos trabalhos realizados no Haiti, estarão presentes em mesas-redondas os seguintes palestrantes: Ricardo Seitenfus (Representante da Organização dos Estados Americanos no Haiti) Yasmine Shamsie (Universidade Wilfried Laurier, Canadá) Suzy Castor (Centro de Pesquisa e de Formação Econômica e Social para o Desenvolvimento – CRESFED - Haiti) Evandro Carvalho (Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro) Gerson Borges (Marinha do Brasil e FGV/EBAPE) Michael Harvey (Conselheiro, Embaixada do Canadá) Gonçalo Mourão, Embaixador (Ministério das Relações Exteriores) Antônio Jorge Ramalho (Universidade de Brasília) Isabe

Amanhã, dêem flores às nossas crianças!

Amanhã, dia 12 de junho, simbolicamente é o dia de São Valentim, ou simplesmente o dia dos namorados... Costumeiramente casais apaixonados se trocam presentes, bombons, flores, cartões românticos, combinam jantares especiais, firmam laços de felicidade e outros tantos sentimentos que fortalecem a união amorosa e irradiam prosperidade. Mas, para todos aqueles que ainda não encontraram um grande amor, ou até encontraram, e por força das circunstâncias não estarão unidos nesse dia, terão motivos também para comemorar... O dia 12 de junho é o dia mundial contra o trabalho infantil, é um dia de conscientização e reflexão frente à desumana condição em que vivem milhares de crianças que são violentadas diariamente em sua mais pura integridade. Desde o ano de 2002, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), com o intuito de mobilizar os Estados a não indiferença perante o trabalho infantil, adota este dia como uma forma de “acordar/alertar” os cidadãos cosmopolitas para tamanha desumanidad

Sobre o discurso de Barack Obama na Universidade do Cairo

No último dia 4 de junho, o presidente norte-americano Barack Obama fez um discurso na Universidade do Cairo, capital do Egito, na tentativa de conciliação com o povo muçulmano. Na oportunidade, Obama defendeu o interesse e o respeito mútuo entre os Estados Unidos e o povo muçulmano e também, sugeriu a coexistência de um Estado Palestino e um Estado Israelita como pontos fundamentais para a pacificação. No geral, a comunidade internacional entendeu o pronunciamento positivo, equilibrado e inovador na medida em que ele se diferencia de seus antecessores em aspectos cruciais, tais como quando clama por uma democracia de todos e para todos, onde não haja um único Estado tomador do poder e respectivamente das decisões. Mas Obama vai além no discurso, fala sobre a verdade, chama a atenção para a sinceridade nas relações exteriores, visando uma maior fluidez na cooperação e na pacificação...Ora, nesse ponto Obama superou o tom diplomático e paradoxalmente ingênuo, a ponto de querer con

Um “muito” de sensibilidade na racionalidade dominante, Um ”pouco” de verdade na emoção de outrem

Mas esse tal de silêncio em excesso tem propiciado uma multiplicação livre, incontrolada e simultaneamente violenta dos pensamentos na interioridade, que não autoriza alguma forma de verificação e de correção... Como é amarga essa voz que não tem olhos... Raíssa Londero