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Isto é MILONGA GAÚCHA. Se um dia tu chegares...

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Um caps lock no direito eletrônico e um F5 na globalização

"Queria querer gritar setecentas mil vezes Como são lindos, como são lindos os burgueses E os japoneses Mas tudo é muito mais..." Caetano Veloso O panorama histórico das sociedades locais, nacionais contemporâneas e da sociedade global em desenvolvimento está submerso em um cenário de incertezas. Estamos vivendo uma nova época, em que se despreendem novas guerras, novas revoluções burguesas e novas revoluções socialistas, de tal forma, que o globalismo/planetarismo vai deixando de ser o principal alvo culposo das desigualdades sociais e passa a ser também o principal alvo da integração regional e da fragmentação. "Estamos começando a ver o surgimento de uma multidão que não é definida por uma identidade isolada, mas que consegue descobrir a comunidade em sua multiplicidade" Michael Hardt e Antonio Negri em - Manifestantes querem globalização alternativa, Folha de São Paulo, 21 de julho de 2001 -. A globalização passa a causar literalmente uma bal...

Dê gosto ao seu desejo!

Não sabia mais nada sobre a vida, ficou horas adentro tentando compreender o significado do desejo para Deleuse e Lacan, folhava o livro com um encantamento inédito. Deu gosto na existência e asas na imaginação das entrelinhas (sem estrelinhas). Queria continuar se entrelaçando naquela linguagem tão interessante e febril. Estava sentindo tanta afinidade e inquietação, mas a sua outra realidade a chamava... Do desejo para a ética e da ética para a "morte". E era só ter coragem para seguir viagem... " Pensar na morte deveria ser exercício diário. Exatamente por que se morre é que se pode conferir intensidade a cada dia que se vive. Cada dia vivido é um dia a menos na trajetória terrena(...) Viver com ética e pensar sobre o que se acumula nesta breve trajetória terrena é dever ético que, bem exercido, faria com que as pessoas se relacionassem melhor. Deixassem as insignificâncias e o supérfluo para pensar no fundamental". (José Renato Nalini). Reso...

Um retrato de uma sexta-feira à noite na Avenida Paulista, por outra perspectiva...

“Reza um pai nosso umas quantas vezes que passa”. Ouvi esta manifestação ontem à noite (25) na Avenida Paulista em São Paulo, de um morador de Rua abraçando uma criança - que eminentemente sentia muita dor. O fato de ontem ter sido um dia diferente para mim por ser o dia do aniversário e, sobretudo, por ter sido desafiante e importante desde as primeiras horas da manhã - olhar nas retinas nebulosas daquela criança e daquele suposto pai foi algo que me fez “congelar”. Não consegui seguir em frente sem saber o que estava se passando. Também não senti "pena" porque a dupla não era digna disto e, tampouco senti vergonha de parar para conversar. O menino se chamava Pedro e o pai Valdir. A dor da criança era de fome e a do pai de tristeza. O filho mais velho de Valdir está preso e condenado ha 44 anos, por vários delitos de furto. Antes de ser recolhido era artista plástico. O pai disse que “ele nunca matou ninguém”. Valdir teve seus tempos de glória como músico. Mas um di...